sábado, 2 de julho de 2011

Erika Palomino: quem foi que disse que ela é chata?


Erika Palomino em simbiose com a poltrona Queen of Love: moda é para todos [foto: Alberto Maia]
Ciça Carvello, promotora do SPM, e Erika Palomino [Foto: Alberto Maia]

Já cruzei ene vezes com Erika Palomino nas semanas de moda paulistana. Sempre na dela, chega à sala, ocupa seu lugar na primeira fila e assim permanece até o fim do desfile, com bloquinho e caneta na mão. Conversa no máximo com o ocupante da cadeira ao lado. Ao contrário de muita figura do jornalismo de moda, que zanza de um lado ao outro da sala e cumprimenta Deus e o mundo até o último sinal e o último holofote ligado. Ainda assim já ouvi muita gente classificá-la de jornalista chata, antipática. Ontem encontrei Erika na sala vip do Só Para Mulheres, no Centro de Convenções, e então o mito se desfez. Que antipática que nada. Pura intriga da oposição. Solícita, atendeu pacientemente o grupo de blogueiros e jornalistas de plantão antes de seguir para o auditório para a segunda palestra do primeiro dia do SPM. Distribuiu sorrisos, conversou, posou para fotos como manda o figurino. Tá, ela é convidada contratada para isso, mas ninguém é obrigada, né? 
O papo na palestra rendeu. Erika deu a geral do atual cenário da moda, traduzindo conceitos e comportamentos que de alguma forma estão presentes na vida de todo mortal, mesmo daquela ou daquele que nunca ouviu falar em Alexandre Herchcovitch ou que pensa que temporada é só a do rio Araguaia. "Pegar qualquer roupa no armário porque não quer pensar no que vai vestir no dia já é um manifesto de moda", pontuou Erika logo no início. O resumo da ópera, segundo a jornalista que nunca estudou jornalismo e que começou a carreira aos 20 anos na redação da Folha de S. Paulo fazendo resenhas sobre a cena jovem da cidade, é que a moda é democrática, acessível, e que para ter estilo não precisa ter dinheiro, mas informação. E deu dicas. Revistas especializadas de surf, esqui, equitação, carro, entre outras, são ótimas fontes de pesquisa. Traduzindo, amigas (os) fashionistas/it girls/ fazedores de moda, fujam do lugar comum. 
Na parte final, Erika também mostrou-se simpaticíssima. Respondeu com o mesmo afinco a todas as perguntas da plateia. Desde as mais interessantes às mais descabidas. A pedido de uma espectadora levantou-se para mostrar o que estava vestindo (vestido nude Huis Clos combinado com abotinado nude Pedro Lourenço, bolsa Balenciaga, anéis comprados em lojinhas do Rio e bracelete que havia acabado de ganhar da designer Eleonora Hsiung).  E ainda falam que a mulher é chata...


P.S. O Só para Mulheres continua hoje (sábado) e amanhã (domingo), com palestras muito interessantes, com entrada franca e muitas novidades, das 10 às 21 horas. Para mais informações, acesse http://www.eventosoparamulheres.com.br/

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